sexta-feira, 13 de novembro de 2020

10. O QUE É O DÍZIMO DOS DÍZIMOS?

O  QUE  É O  DÍZIMO  DOS DÍZIMOS? 

(Números  18:25,26)  E  falou  o  Senhor  a  Moisés,  dizendo:  Também falarás  aos  levitas,  e  dir-lhes-ás:  Quando  receberdes  os  dízimos  dos filhos  de  Israel,  que  eu  deles  vos  tenho  dado  por  vossa  herança,  deles oferecereis  uma oferta alçada  ao Senhor, os  dízimos  dos  dízimos.  

 Atualmente  muitos  líderes  tem  tirado  como salário,  a  décima  parte  dos  dízimos  que  entram  na  igreja, e  se  beneficiado  com  dízimo  dos  dízimos  engordando suas  contas  bancarias,  alegando  que  é  o  salário  deles pelo  seu  trabalho  como  ministros da  igreja.   Mas  o  dízimo  dos  dízimos  nunca  foi  dado  a pastores,  não  há  esta  regra  nos  livros  do  Novo Testamento,  Jesus  e  os  apóstolos  nunca  falaram  sobre este  assunto,  isso  não  pode  ser praticado  hoje.   Achei  necessário  aprendermos  sobre  o  que  é  o dízimo  dos  dízimos,  para  que  possamos  ficar  atentos  ao que  acontece  em  algumas igrejas. Quando  Deus  escolheu  a  tribo  de  Levi  para  ajudar aos  sacerdotes  no  ministério  do  templo  (Números  18:13,6),  Ele  lhes  deu  os  dízimos  da  nação  de  Israel  para sustento de suas famílias, era a recompensa pelo trabalho que realizavam para Deus no templo, eles não receberam herança na terra de Israel, nem trabalhariam em outra coisa, apenas no ministério do templo, e os dízimos eram seu sustento, seu salário, sua recompensa (Números 18:21-24), e a ordem de Deus era que os levitas ao receberem os dízimos do povo, tirassem a décima parte desses dízimos, que é o dízimo dos dízimos, e dessem aos sacerdotes e ao sumo sacerdote, para sustento deles e de suas famílias (Números 18:25,26) e (Neemias 10:38) Isso era uma lei, e tinha que ser cumprida, para que a casa de Deus (o templo) não ficasse abandonada, pois todos os dias, os levitas, e os sacerdotes, tinham trabalho no templo e não podiam parar, todavia precisam de sustento para suas casas, e Israel entendia esta necessidade, mas quando Israel era infiel em seus dízimos, os levitas e os sacerdotes tinha que ir para o campo plantar para sustentar suas famílias, e deixavam a casa de Deus (o templo) desamparada, e isso desagradava a Deus, podemos ver um exemplo disso, no livro de Neemias 13:10-13, onde Neemias teve que organizar essa questão.

UM LEVITA DANDO O DÍZIMO À IGREJA? 

(Atos 4:36,37) “Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé (que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos."  Havia na igreja antiga, um levita chamado Barnabé, o texto diz que ele vendeu uma propriedade e deu como oferta para igreja, este texto é uma das muitas evidências de que o dízimo não era praticado pela igreja primitiva, pois Barnabé sendo levita era ele quem deveria ter recebido os dízimos das pessoas, pois era um direito que a lei de Moisés lhe dava por ser levita (Números 18:21), mas na verdade ao invés de receber dízimos, Barnabé está dando ofertas para a igreja. A lei do dízimo diz, que o levita deveria receber os dízimos do povo, e ao receber, ele deveria dar o dízimo dos dízimos aos sacerdotes da casa de Arão, como mostram os textos a seguir: “Também falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado por vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor, os dízimos dos dízimos. E contarse-vos-á a vossa oferta alçada, como grão da eira, e como plenitude do lagar. Assim também oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote. “(Números 18:2628).

“E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas quando estes recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro. Porque àquelas câmaras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas do grão, do mosto e do azeite; porquanto ali estão os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, os porteiros e os cantores; e que assim não desampararíamos a casa do nosso Deus. (Neemias 10:38). É claro que se a igreja continuasse a pagar os dízimos como os judeus da Antiga Aliança, Barnabé por ser levita estaria recebendo os dízimos dos irmãos, e não dando ofertas na igreja, e com certeza se a igreja pregasse a lei do dízimo, Barnabé teria dado não apenas sua oferta, mas também o dízimo dos dízimos, porém ao sacerdote da família de Arão, e não para igreja. Imagina aí se a igreja tivesse cobrando dízimos do povo, a guerra seria grande com os judeus por causa disso, pois os judeus não aceitaram a Jesus como o Messias, portanto continuaram com os sacrifícios da lei, inclusive a cobrança dos dízimos, e os sacerdotes continuaram a trabalhar no templo e a oferecerem os sacrifícios como a lei mandava, e o povo continuava pagando os dízimos aos levitas como era costume, veja o que diz o historiador Flávio Josefo: O dízimo no período do judaísmo helenístico ainda era a fonte principal de renda para os sacerdotes e levitas, embora no A.T. o dízimo quando deixado à consciência do contribuinte, ficou frequentemente sem ser pago. Ocasionalmente, portanto, sumos sacerdotes cobiçosos asseguravam-se do recebimento dos seus direitos ao enviar bandos fascínios, para tirarem os dízimos das eiras. O agricultor não era digno de confiança para cumprir esta responsabilidade religiosa importante (Josefo. Ant. 20,181;20, 206-7). O dízimo só deixou de ser praticado no ano 70, ou seja, quase 40 anos depois da morte de Cristo quando o general Romano, Tito filho do imperador Vespasiano destruiu o templo de Jerusalém mesmo assim haviam rabinos que insistiam em que o dízimo continuasse sendo pago pelos judeus como diz a enciclopédia Jewish: depois da destruição do templo, os rabinos ressaltavam a importância do dízimo. Consideravam-no como sendo um dos três elementos mediante cujo mundo foi criado, e como meio pelo qual os israelitas escapavam à sorte dos impios (Jewish Encyclopedia, XII, 151b). A igreja jamais cobraria dízimos do povo, pois eles sabiam que isto era um direito que pertencia aos levitas e aos sacerdotes, aos órfãos e às viúvas, e não à igreja, muito pelo contrario, eles tinham consciência que esta era uma pratica da lei e não se aplicava à igreja, por isso você não encontra em nenhuma passagem do Novo Testamento uma única cobrança de dízimos à igreja. “Mais claro do que isso só não entende quem não quer. “ 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

9. O DEVORADOR É UM DEMÔNIO? (Malaquias 3:11)

O DEVORADOR  É UM DEMÔNIO? (Malaquias  3:11) 

 "E  por  causa  de  vós  repreenderei  o devorador,  e  ele não  destruirá  os  frutos  da  vossa  terra;  e  a  vossa  vide  no  campo  não será estéril, diz  o  Senhor  dos  Exércitos." 

Muitos  estudiosos  afirmam,  que  nas  escrituras  existem textos  complexos  de  se  interpretar,  eles  os  chamam  de textos  obscuros,  e  por  conta  de  sua  obscuridade  e complexidade,  esses  textos  muitas  vezes  causam divergências  teológicas  até  mesmo  entre  pastores  da mesma  denominação,  e  muitas  vezes  por  serem  mal interpretados,  acabam  nascendo  heresias  desses  textos, mas  sobre  este  assunto,  não  precisa  ser  um  teólogo  para compreender  algo  que  está tão claro   nas  escrituras,  pois este  é  um  dos  assuntos  mais  simples  de  se  compreender. A  maioria  dos  pastores  atuais  insistem  em  dizer  que  o devorador  é  demônio,  eles  chegam  a  fazerem extraordinários malabarismos teológicos, porém maliciosamente,  pois  eles  sabem  muito  bem  que  as escrituras  mostram  explicitamente  que  o  devorador  do referido  texto  devora  o  fruto  da  terra,  por  ventura  poderia um  demônio  comer  o  fruto  da  terra?  É  claro  que  não,  e qualquer leigo sabe disto! Mas infelizmente o que temos visto são pessoas com medo deste tal devorador, eles acreditam que se não derem seus dízimos com fidelidade o devorador atacará sua saúde, seu casamento, sua família e suas finanças, atribuem ao devorador todo prejuízo financeiro que lhes incorre, se alguma necessidade surge, ou se têm alguma despesa extra, já ficam apavorados, crendo que é ação do devorador, infelizmente esta doutrina do devorador tem induzido as pessoas a darem suas contribuições na igreja pelos propósitos errados, pois muitos sabem no fundo do coração que só contribuem todos os meses por medo do tal devorador, outro dia, um obreiro do nosso ministério, me disse que sua irmã filha de seus pais, estava internada e morreu, mas antes de morrer, no período que passou no hospital, mesmo debilitada, sempre argumentava com sua família que estava preocupada porque não tinha dado o dizimo naquele mês. eu fico pasmado com a maldade dos homens que pregam esta doutrina, impondo cargas ainda mais pesadas sobres as pessoas que já vivem preocupadas com tantas coisas, mas eu quero aqui à luz das escrituras lhe explicar o que realmente era o devorador, e aproveitar para desmascarar esta falsa doutrina de devorador demônio que circula nas igrejas de hoje. Este devorador que Malaquias se refere, como próprio texto já deixa claro, não são demônios, mas insetos que destroem o fruto da terra e deixa a vide do campo estéril; o profeta Joel também falou desses insetos devoradores em sua profecia, veja o texto a seguir: "O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu." (Joel 1:4). Como está claro nos textos bíblicos o devorador não é demônio e sim insetos (lagarta, gafanhoto, locusta e o pulgão), que comiam a lavoura do judeu que não dava o dízimo que servia para o sustento do órfão, e da viúva, e do estrangeiro, e do levita, que acabavam passando necessidades. Haja vista que o dízimo era o fruto da terra, então se o judeu não dava o dízimo do grão, também não tinha uma boa colheita para se fartar, porquanto esses devoradores vinham, e comiam todo o fruto da terra como castigo de Deus para a nação por não darem os dízimos (2 Crônicas 7:14,15; 2 Crônicas 6:28-31); leia Joel 1:5-20 e veja o estrago que esses devoradores fizeram muitas vezes na lavoura do povo judeu por causa da sua infidelidade em cumprir a lei do Senhor. Pastores e teólogos, por favor, dizer que devorador é demônio é zombar da inteligência do povo, afinal de contas demônios não comem capim nem grama, e vocês sabem muito bem disso, sejam autênticos e digam verdade, parem de iludir as coitadas das ovelhas, vocês vão prestar contas com Deus, não esqueçam disto. Amados deixem de ser crianças, e cresçam no conhecimento da palavra de Deus, não é atoa que o profeta nas escrituras diz: “o meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento (Oseias 4:6a) “. Sinceramente, eu me recuso a acreditar que alguém continue crendo que o devorador seja algum demônio que anda por aí nas igrejas fiscalizando o livro do caixa, e vendo quem deu o dízimo ou não este mês. Você não acha estranho, que depois de ter sido regenerado, e selado com Espírito Santo de Deus, alguém venha lhe chamar de ladrão porque não deu dez por cento para a igreja dele? Analise comigo: se esses devoradores fossem realmente demônios, e que atacariam a saúde, casamento, família e finanças dos infiéis nos dízimos, então porque dizimistas fieis também sofrem prejuízos e percas? Porque dizimistas fieis também gastam com remédios? Porque dizimistas fieis passam crise em seu casamento e família? Porque dizimistas fieis sofrem assalto e muitas outras coisas que os falsos pastores dizem que são obras do devorador? Já que eles dão seus dízimos com fidelidade, nada disso deveria acontecer com eles, não é verdade? Na verdade, se há algum devorador nos dias de hoje, seriam esses maus pastores que exploram e comem tudo das ovelhas (Ezequiel 34:1-10,17-22), esses sim, são os devoradores do povo. É claro que os lideres gananciosos vão tentar te manter no cativeiro doutrinário, Mas graças a Deus, muitos já estão compreendendo que esta doutrina de devorador não passa de uma heresia exploradora, e estão sendo resgatados pelo poder da Verdade do Santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Agora você não precisa mais ficar com medo do devorador, e ficar dando dez por cento do seu dinheiro a alguém, pois ele não é uma ameaça para nenhum de nós, era apenas para os judeus, e como vimos em vários textos bíblicos, o devorado nunca foi, e nunca será demônios, mas sim insetos que destruíam a lavoura dos judeus infiéis, e como esta ameaça não é para nós, fique em paz, e sossegue seu coração. 

8. ABRIR AS JANELAS DO CÉU, E MANDAR BÊNÇÃOS SEM MEDIDAS? (Malaquias 3:10)

ABRIR  AS  JANELAS  DO CÉU,  E   MANDAR BÊNÇÃOS SEM MEDIDAS? (Malaquias  3:10) 

 “Trazei  todos  os  dízimos  à  casa  do  tesouro,  para  que haja  mantimento  na  minha  casa,  e  depois  fazei  prova  de  mim  nisto, diz  o  Senhor  dos  Exércitos,  se  eu  não  vos  abrir  as  janelas  do  céu,  e não  derramar  sobre  vós  uma  bênção  tal  até  que  não  haja  lugar suficiente  para  a recolherdes.“  

 Baseado  nesta  passagem  bíblica,  muitos  pastores têm  dito  aos  fiéis  que  se  eles  derem  seus  dízimos  com fidelidade,  usufruirão  da  fidelidade  de  Deus,  vão prosperar,  ficar  ricos,  prometem  aos  fiéis  que  receberão cem  vezes  mais,  deixarão  de  ser  cauda,  para  serem cabeça,  estarão  por  cima,  e  não  por  baixo.  Com  isso,  eles levam  pessoas  a  viverem  ansiosas  e  iludidas,  esperando de  Deus o  que  Ele  não  prometeu.   São  muitas  as  apelações  desses  pastores,  e  mais ainda  suas  promessas  para  quem  der  seus  dízimos  de tudo  o  que  ganharem,  levando  os  fiéis  a  darem  sua contribuição  por  ganância,  da  forma  errada;  levam  os  fiéis a  barganharem  com  Deus,  e  em  casos  extremos  a cobrarem  de  Deus;  desta  forma  eles  conseguem  iludir essas pobres pessoas a sacrificarem todos os meses a décima parte de tudo o que ganham com trabalho e suor, para engordarem esses lobos mercenários, que nunca se fartam de comer a gordura e a lã das ovelhas (Ezequiel 34:1-10,17-22). Só que depois de algum tempo, muitos fiéis tem percebido que essas promessas não estão se cumprindo em suas vidas, muitos continuam pagando aluguel, sem um carro bom, com pouco dinheiro, passando privações e etc. E quando questionam seus líderes sobre o porquê não estão prosperando, recebem a resposta de que não estão dando com fé o suficiente, e assim muitas pessoas estão confusas e frustradas, pensando que Deus não lhes ama, mas eu quero lhe mostrar nas escrituras a verdade sobre este engano. Veja bem, se o povo de Israel vivia da agricultura (plantio e colheita do frutos da terra) e da pecuária (criação de animais), então eles precisavam de chuva para que a terra produzisse o seu fruto, e para que os animais se fartassem e se multiplicassem, assim eles teriam fartura e prosperidade, poderiam colher muito, e criar muitos animais, para depois comercializar e obter riquezas; quando Deus tirou o seu povo do Egito, disse que os levaria para uma terra que mana leite e mel, e que é a glória de todas as terras (Ezequiel 20:6), ou seja, a melhor de todas as terras, uma terra prospera, rica, que produz o que se planta, uma terra de fartura de águas, onde se pode criar e plantar sem dificuldades, e que enriquece seus moradores por ser tão excelente. Mas debaixo do céu, não há terra que não precise de chuva para dar a prosperidade que ela é capaz de dar, qualquer terra por melhor que seja, depende de que Deus abra as portas do céu e mande chuva para que possa produzir e dar vida, se não houver chuva e água, a melhor terra não passa de um deserto estéril e sem vida, portanto Deus estava dando esta terra gloriosa ao seu povo, mas alertando-os que dependeriam de Deus para gozarem da prosperidade e riqueza dela. Tanto é que quando faltava chuva, o povo logo entendia que era castigo de Deus sobre eles (Deuteronômio 11:16,17; 2 Crônicas 6:26-31; 2 Crônicas 7:13,14). Por isso Deus os ameaçava de fechar os céus, e não mandar chuvas, se o povo não guardasse os seus mandamentos, inclusive o de pagar o dízimo, mas se o povo desse os seus dízimos, e guardassem os mandamentos do Senhor, então, Deus abriria as portas do céu, e mandaria chuva, para que houvesse fartura e prosperidade para todos os moradores da terra. Portanto o abrir as portas do céu e mandar bênçãos sem medidas, significa nada mais nada menos do que, mandar chuva para que a terra produza com abundância o grão nela plantado, de modo tão prospero que a nação não teria onde guardar, e consequentemente a multiplicação e engorda dos animais, que passariam a valer muito dinheiro por serem bem alimentados. Como vimos, o significado de abrir as janelas do céu não tem nada a ver com o que alguns pastores estão pregando hoje, era uma promessa de Deus para os judeus que guardavam os mandamentos os seus mandamentos, e não para nós, por isso as janelas do céu não se abrem para os irmãos que dão seus dízimos nas igrejas, por que na verdade não é Deus que está prometendo, mas sim os pastores hereges, e Deus não tem obrigação nenhuma de cumprir, o que esses pastores estão prometendo em nome Dele, pelo contrario, eles pagarão um alto preço por usarem o nome de Deus em vão. Não podemos sair por aí, pegando toda promessa que Deus deu aos judeus, e dizer para as pessoas que é para elas também, não podemos aplicar essas promessas para nós, isto é totalmente errado, é herético, só cai neste engano quem não tem o mínimo de conhecimento bíblico. 

7. EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI, MAS CUMPRIR? (Mateus 5:17,18)

EU  NÃO VIM DESTRUIR  A  LEI,  MAS CUMPRIR? (Mateus  5:17,18) 

“Não  cuideis  que  vim  destruir  a  lei  ou  os  profetas: não  vim  abrogar,  mas  cumprir.  Porque  em  verdade  vos  digo  que,  até que  o  céu  e  a terra  passem, nem  um  jota  ou  um til  jamais  passará da lei, sem  que  tudo seja cumprido.“ Muitos pastores  estão  usando  esta  passagem  para dizer  que  Jesus  está  nos  mandando  guardar  a  lei,  dizendo que  Cristo  não  destruiu  a  lei,  mas  na  verdade  eles  não estão  preocupados  em  que  você  guarde  a  lei,  eles  só falam  assim,  quando  se  trata  de  dar  dízimos,  porém deixam  de  lado  todo  o  resto  da  lei,  mas  vamos  ver  o  que realmente  Jesus  nos  ensina  nesta  passagem. O  que  Jesus está dizendo nesta  referida  passagem, é  que  a  palavra  dos  profetas  e  os  escritos  da  lei apontavam  para  ele  (João  5:39),  e  precisavam  ser cumpridas,  terminadas,  concluídas,  mas  sem  que  fossem destruídas;  a  lei precisava  passar,  para dar  lugar  a  graça, o  Antigo  pacto,  para  dar  lugar  ao  novo,  a  Antiga  Aliança, para  dar  lugar  à  Nova,  pois  a  lei  e  os  profetas  eram sombras  das  coisas  que  estavam  por  vir  através  de  Cristo (Colossenses  2:16-19  e  Hebreus  10:1),  elas  anunciavam as  obras  do  Messias,  e  quando  ele  viesse,  elas  seriam cumpridas,  e  não  teriam  mais  necessidade  de  serem praticadas. Quando Cristo diz que não veio destruir a lei, mas cumprir, preste bem atenção no que ele está dizendo: o termo grego para destruir é (Katalyõ) que significa demolir, desintegrar, ou seja, Cristo está dizendo que não veio destruir a lei (sinônimo grego analiskõ), mas como ele mesmo disse: “eu vim cumprir a lei”, e o termo grego para cumprir é (plêroõ) que significa: trazer ao fim, realizar, satisfazer, terminar; ou seja, quando Cristo disse: “eu vim cumprir a lei”, Ele está dizendo que terminou a lei (Romanos 10:4), mas sem destruí-la, ele a completou, realizou, pôs um fim à lei sem a destruir, ele a satisfez, por isso ele disse na cruz: “está consumado (João 19:30)”, isso significa que foi completado, como quem termina uma obra, uma construção, concluindo e pondo um fim, de modo que não se precisa fazer mais nada na referida construção. As Escrituras são muito claras, e nos dizem que a lei era transitória, ou seja, era passageira, terminaria um dia, quando as coisas para as quais elas apontavam se cumprissem, então teria chegado o seu fim (Gálatas 3:1925), Israel havia sido avisado, que um dia, a Antiga Aliança terminaria, para dar lugar a uma nova (Hebreus 8:7-13), e foi ali, na cruz do calvário, que o Senhor Jesus concluiu a lei, e institui a Nova Aliança, de modo que antes que o céu e a terra tivessem passado, nem um jota ou um til caiu da lei, sem que tudo nela tivesse antes se cumprido Nele, Todas as suas exigências se cumpriram ali, em Cristo, Ele consumou a lei, satisfez o que ela exigia, cumpriu o propósito para o qual ela foi dada, portanto, o céu e a terra, agora podem passar, pois a lei foi cumprida em Cristo, na sua morte e ressurreição. Nada mais relacionado a lei cerimonial precisa ser praticado, se praticarmos, estaremos dizendo que a lei ainda continua vigorando, afirmando assim que o sacrifício de Cristo foi em vão (Gálatas 2:21), ou, que não foi suficiente, já que ele veio cumprir a lei, e mesmo sendo que ela já foi cumprida por Cristo, estão nos obrigando a guardá-la novamente. A própria palavra de Deus diz que ninguém será justificado diante de Deus pelas obras da lei (Gálatas 2:16; Romanos 3:20,28; Gálatas 3:11), como, pois, estão querendo nos obrigar, a guardar a lei dos dízimos, para sermos justificados diante de Deus? Sendo que a lei a ninguém justificou (Atos 13:39), Isto é simplesmente um absurdo, saiba que você que está querendo cumprir a lei, está anulando o sacrifício de Cristo, todos os que querem ser justificados pela lei, estão reerguendo o véu da Antiga Aliança, o qual Cristo rasgou na sua morte, para nos dar acesso a Deus sem as obras da lei (Marcos 15:38), estão caindo da graça os que querem se justificar pagando o dízimo que era exigência da lei (Gálatas 5:4). Se você chegar para qualquer pastor e perguntar – pastor, porque não sacrificamos mais animais como na Antiga Aliança? Porque não guardamos mais o sábado? Porque não praticamos mais a circuncisão? - Ele vai lhe responder - é porque tudo isso era da lei, e o fim da lei é Cristo - talvez ele lhe mostre Romandos 10:4, e vai lhe convencer que não precisamos mais guardar essas coisas, porque a lei findou em Cristo. Daí eu pergunto - então porque continuar a pagar o dízimo, ele também não era da lei? Porque então, não guardar o sábado e a circuncisão também? Já que pastores insistem em dizer, que devemos continuar pagando o dízimo, então deveríamos também continuar a guardar toda a lei, você não acha? Na verdade, não devemos continuar guardando os sábados, nem a circuncisão e nem o dízimo também, porque se praticarmos um, devemos também praticar os outros, mas como não praticamos mais alguns, então não devemos praticar também os outros, pois estamos na graça e não debaixo da lei (Gálatas 5:3,4; Tiago 2:10). Como vimos neste capitulo, a passagem de Mateus 5:17,18 está sendo manipulada, e mal interpretada, com o propósito de inibir as pessoas a pagarem algo que não precisa mais ser pago, pois Cristo já pagou tudo por nós na cruz do calvário, não estamos devendo nada, não somos ladrões por não devolver o dízimo. Como está escrito – não são os dízimos, mas Cristo quem nos justifica, “quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8:33,34). Na verdade, como estamos vendo, a doutrina do dízimo é uma das maiores heresias pregadas pelas igrejas; é uma forma de coagir as pessoas a dar dinheiro sem que elas queiram dar, mas dão porque pensam que receberão cem vezes mais, ou porque acham que é obrigatório, e ainda, porque têm medo do devorador, o qual apresentaremos nos próximos estudos, e veremos claramente nas Escrituras, que não são demônios, mas eram insetos que atacavam a lavoura dos judeus. Tudo o que estão ensinando por aí, dizendo que o dízimo é obrigatório, não passa de manipulação psicológica e falsa doutrina. Se você perguntar a qualquer pastor ou teólogo sincero, se o dízimo é ou não obrigatório, ele vai lhe dizer que não é obrigatório, vai lhe dizer que contribuição, deve ser dada de coração, e não por obrigação. A questão que estamos tratando aqui neste livro, não é se devemos ou não ajudar a obra de Deus, a questão é, se o dízimo é ou não obrigatório, e como está ficando claro pela palavra de Deus, concluímos definitivamente à luz das escrituras, que com certeza o dízimo não é obrigatório, e em hipótese alguma o devorador é demônio. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

6. PORQUE JESUS MANDOU OS FARISEUS DAREM O DÍZIMO? (Mateus 23:23)

PORQUE JESUS MANDOU OS FARISEUS DAREM O DÍZIMO? (Mateus 23:23) 

 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas". 

 Este texto é o mais usado por alguns líderes para sustentar que a doutrina do dízimo continua vigorando na Nova Aliança, e baseado neste texto eles dizem que no Novo Testamento Jesus disse que deveríamos continuar dando os dízimos, mas isso é um grande equivoco de hermenêutica e exegese, que deturpa a verdadeira doutrina bíblica, e adultera as palavras de Cristo. Vamos conferir agora: 
1. Preste atenção, para quem Jesus está falando isto? O Senhor Jesus está falando para os fariseus que eram judeus, seguidores do judaísmo, e obrigados a guardarem toda a lei de Moisés, como já vimos nos textos que citamos no inicio.
  2. Devemos considerar também, que a Antiga Aliança que Deus tinha com os judeus, ainda estava em vigor, pois Cristo ainda não tinha instituído a Nova Aliança, que só passou a vigorar quando Ele morreu e ressuscitou (Mateus 26:26), Cristo ainda não tinha consumado a lei, a lei ainda era obrigatória para os judeus.
  3. E outra coisa muito importante a se observar neste texto, é que Jesus está falando, que eles davam os dízimos, da hortelã, do endro, e do cominho, ou seja, do fruto da terra, e não de dinheiro, confirmando o que já falamos que o dízimo não era dinheiro, mas a décima parte do fruto que a terra produzia (Levíticos 27:30; Deuteronômio 14:22-29). 4. Se realmente neste versículo, Jesus estivesse ensinando que o dízimo seria obrigatório na Nova Aliança (porém sabemos que não é), então Jesus também estaria ensinando que deveríamos continuar fazendo os sacrifícios que a lei exigia, pois ele também disse quando curou o leproso: "...vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho". (Mateus 8:4). Deveríamos nos apresentar a um sacerdote, e apresentar ofertas de acordo com o que Moisés ordenou? Por acaso você já viu nos dias atuais, alguém que ficou curado de alguma doença, se apresentar diante de um sacerdote e oferecer algum sacrifício que a lei ordena? Com certeza não! E porquê? Por que na verdade, Jesus não estava dizendo, que deveríamos continua a fazer os sacrifícios da lei, e nem que deveríamos continua a dar os dízimos que a lei exigia, o problema, é que estão interpretando os textos da forma errada, movidos por interesses denominacionais. Como foi dito agora a pouco, Jesus estava vivendo no tempo em que a Antiga Aliança ainda estava em vigor, por isso ele mandou o leproso que era judeu fazer o sacrifício que a lei ordenava, e do mesmo modo, ele mandou os fariseus pagarem o dízimo do endro, do cominho, e da hortelã, porque a Antiga Aliança ainda esta em vigor, mas que seria em breve concluída, com a sua morte e ressurreição (Romanos 10:4). Portanto, não podemos usar esta passagem, para dizer que Jesus nos mandou dar o dízimo, pois se fizermos isso, precisaremos reerguer toda a lei. Alguns pastores ainda dizem, que devemos dar os dízimos sim, porque os dízimos foram dados antes da lei. Abraão realmente deu o dízimo antes da lei (Falaremos melhor sobre isto em um capítulo mais na frente), mas o dízimo que Abraão deu, foi apenas uma única vez, e dízimos apenas dos despojos da guerra que ele havia vencido, e não dos seus bens pessoais (Hebreus 7:4): "E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." (Gênesis 14:18-20). Jacó também deu o dízimo antes da lei (Falaremos melhor sobre isto também, em um capitulo mais na frente), mas uma única vez, e como voto e não por mandamento: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo. “(Gênesis 28:20-22). Mas, o que esses pastores escondem é que a guarda do sábado também foi praticada antes da lei: "Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera." (Gênesis 2:1-3). Também a circuncisão foi praticada antes da lei: "Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti; que todo o homem entre vós será circuncidado." (Gênesis 17:9,10). Só que depois, tanto o dízimo, como o sábado e a circuncisão, se tornaram lei, e eram obrigatórios, mas apenas para a o povo judeu e sua religião, chamada de judaísmo, como mostram os versículos a seguir: O DÍZIMO NA LEI: "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor." (Levíticos 27:30) O SÁBADO NA LEI: Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou. (Êxodo 20:8-11). A CIRCUNCISÃO NA LEI: "E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio." (Levíticos 12:3). Se tanto o sábado, como a circuncisão, como o dízimo, foram dados antes da lei, e depois viraram lei, então porque os pastores cobram apenas os dízimos dos irmãos? Dizendo que o dízimo foi dado muito antes da lei, e é uma lei universal, e por isso deve continuar sendo dado. Não deveriam eles cobrar também da igreja a guarda do sábado e a circuncisão? Haja vista que foram praticados também antes da lei, deveriam ser considerados uma lei universal assim como o dízimo? Porque se o dízimo foi praticado antes da lei, o sábado e a circuncisão também foram, mas a verdade, é que não somos mais obrigados a guardar os sábados, nem a circuncisão, e muito menos os dízimos, ou qualquer outro preceito da lei cerimonial. Se Abraão e Jacó deram o dízimo de forma espontânea, isto já deixa claro que não somos obrigados a fazer o mesmo, pois foi uma ação voluntária da parte deles, algo pessoal entre eles e Deus, mas agora, estão querendo usar esses textos, para nos inibir, e nos coagir, a fazermos o que eles fizeram, e isso qualquer teólogo sabe que não é doutrina para a igreja, e muito menos obrigatório. Amados, tudo é muito óbvio, as escrituras dizem que a lei terminou em cristo: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê." (Romanos 10:4). As escrituras dizem, que todas as exigências da lei, Cristo cumpriu com sua morte e ressurreição, por tanto, não precisamos mais fazer os sacrifícios de dízimos, nem de sábados, nem de circuncisão, e nem de tantos outros rituais que eram obrigatórios ao povo judeu no tempo da lei. Em (Atos 15) no concilio de Jerusalém, foi decidido pelos próprios apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo Espírito Santo, que nós crentes gentios, não somos obrigados a guardar as leis judaicas, como os judeus estava querendo, e agora dois mil anos depois, estão querendo de novo despertar esta questão, e impor à igreja a guarda da lei concernente ao dízimo, se conhecêssemos as escrituras, saberíamos que esta questão já foi resolvida em (Atos 15), que: “NÓS CRENTES GENTIOS, NÃO SOMOS OBRIGADOS A FAZER A CIRCUNCISÃO, A GUARDAR O SÁBADO, E DAR OS DÍZIMOS, E NEM A PRATICAR A LEI DE MOISÉS! (Atos 15:10,11,19,24,28)“. 

5. O DÍZIMO DE JACÓ (Gênesis 28:20-22)

O DÍZIMO DE JACÓ (Gênesis 28:20-22) 
“E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.“ Esta passagem tem sido manipulada por alguns líderes para induzir os irmãos a darem os dízimos, mas ela por si só se explica, e é uma das mais fáceis de entender, pois como o próprio texto mostra, o dízimo que Jacó disse que daria a Deus foi um voto, (no grego nedher) o vocábulo é encontrado vinte e cinco vezes no Antigo Testamento, e significa: uma promessa, uma coisa prometida, fazer ou dar alguma coisa a Deus, ou seja, é uma ação voluntária, e não uma atitude para cumprir algum mandamento ou ordenança. De acordo com as Escrituras Sagradas, ninguém era obrigado a fazer voto, mas ao fazer, tinha a obrigação de cumprir (Eclesiastes 5:4,5), caso contrário era considerado pecado (Deuteronômio 23:21-23). Observe que Deus disse a Jacó que estaria com ele, que o abençoaria, que lhe daria aquela terra e suas riquezas por herança, e que nunca o abandonaria, em momento algum Deus pede dízimo a Jacó para cumprir essas promessas, Jacó é quem voluntariamente faz um voto, e promete a Deus que se O Senhor o proteger, estiver com ele, e o abençoar, lhe dará o dízimo de tudo. Não há um único versículo em toda a Escritura que prove que Jacó deu este dízimo porque tinha que cumprir alguma lei, não havia lei de dízimos, a ação de Jacó foi puramente voluntária e espontânea, Jacó foi um patriarca muito importante do povo israelita, era neto de Abraão, filho de Isaque o herdeiro da promessa, pai dos patriarcas de quem descenderam as doze tribos de Israel, a bíblia fala muito sobre ele e sua história (Gênesis cap. 25:24 ao cap. 50:13), mas em momento algum cita novamente Jacó pagando ou ensinando seus filhos a pagarem dízimos a algum sacerdote, pois não era uma prática ordenada por Deus naquela época, se fosse certamente Jacó não apenas teria praticado, mas também teria ensinado a seus filhos a darem os dízimos, contudo, o dízimo não era praticado continuamente pelo servos de Deus, pois a prática do dízimo viria a se tornar lei para os filhos de Israel apenas 430 anos depois deles terem subido ao Egito. Assim, fica claro para nós, que o dízimo de Jacó, foi apenas um voto voluntário, que ele fez espontaneamente, e uma única vez em sua vida, para que Deus o abençoasse em sua jornada, aliás, naquela época era comum esse tipo de voto, não apenas em relação a dar uma décima parte de alguma coisa que havia ganho, mas em prometer a Deus outras coisas também como mostram as seguintes passagens Bíblicas (Juízes 11:30,31; Números 21:1,2; Números 6:2,5,21; Números 30:1-16; Jonas 1:16); há várias outras passagens, mas essas são suficientes. Eu lhe pergunto: vamos ter que tornar todos esses votos, descritos nessas passagens acima, uma regra obrigatória para a igreja também? É claro que não! Nenhum voto que alguém fez, pode se tornar obrigatório para outra pessoa, nós não temos obrigação de pagar voto por outra pessoa, um voto é algo pessoal, eu não tenho obrigação de pagar dízimos porque Jacó antes da lei fez um voto de pagar o dízimo, por mais importante que seja o personagem, seu voto foi algo pessoal entre ele e Deus, e nós não temos nada a ver com isso, inclusive, no Novo Testamento não existem doutrinas de votos, e mesmo que houvessem, seria particular entre cada pessoa e Deus, ninguém teria nada a ver com o voto do outro. Jacó viveu o resto de sua vida no temor do Senhor, obedecendo a Deus em tudo, amou o Deus de seu Pai Isaque e de seu avô Abraão até o último dia da sua vida, porém nunca mais deu dízimos, pois como vimos, o dízimo ainda não era uma lei estabelecida por Deus, portanto não podemos tornar esta pratica uma lei universal. 

4. O DÍZIMO DE ABRAÃO A MELQUISEDEQUE (Hebreus 7:4-10)

O DÍZIMO DE ABRAÃO A MELQUISEDEQUE (Hebreus 7:4-10). “Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. “ Nas epístolas neotestamentárias, há única referência sobre dízimos, e está em (Hebreus 7:1-10) que fala do dízimo que Abraão deu ao sacerdote Melquisedeque. Todavia, quando se fala do sacerdote Melquisedeque, todos os teólogos e estudiosos, reconhecem que é um grande mistério, e um assunto de difícil interpretação, que tem gerado debates durante muitos séculos, e que é um assunto que pela sua complexidade continua em aberto, contudo isso, alguns pastores usam este texto, para dizer a igreja que ela é obrigada a pagar o dízimo, que a igreja começou a devolver o dízimo ainda no primeiro século, no período apostólico, mas quanto ao dízimo que se fala nesta referida passagem, para poder explicá-lo, primeiro lhe faço uma pergunta: quem estava recebendo os dízimos no I século d.C.?
os Levitas que pela lei tinham o direito de receber, ou os pastores da igreja? A própria bíblia nos da a resposta, preste bem atenção: os judeus não haviam reconhecido a Jesus como o Messias, e o sacerdócio levítico continuava em pleno exercício (Hebreus 8:4), (Hebreus 9:24,15), (Hebreus 10:1-11), e também não há nenhum versículo que diga, que os pastores da igreja recebiam os dízimos, ou que ensinavam os irmãos a darem os dízimos, mas a própria bíblia diz, que os levitas continuaram recebendo os dízimos do povo de acordo com a lei de Moisés (Hebreus 7:5,8,9). Então não faz sentido algum dizer que a igreja estava recebendo os dízimos, pois os textos mostram claramente que eram os levitas quem recebiam, por isso não encontramos em nenhum dos 27 livros do Novo Testamento, Jesus ou o apóstolos ensinando à igreja sobre dízimos, pode ter certeza meu irmão, se o dízimo fosse uma ordenança para a igreja, os apóstolos em suas cartas teriam orientado os irmãos como fazer, mais é claro que os apóstolos nunca falaram para a igreja sobre dízimos, porque os dízimos eram dos levitas, e eles continuavam recebendo normalmente, só pararam de receber quando o templo foi destruído no ano 70 d.C. pelo general Tito filho do imperador Vespasiano, pois não fazia mais sentido os levitas receberem os dízimos do povo, já que não estavam mais fazendo o serviço do templo por ele não mais existir. Hoje tanto em Israel como pelo mundo a fora, os judeus se reúnem em carater religioso, essas reuniões são dirigidas pelos rabinos, mas eles não recebem dízimos, muitos desses rabinos afirmam, que seria pecado receber dízimos já que não existe mais o templo, e não há uma ordem sacerdotal de levitas consagrados, mas no momento em que se reerguer o templo em Jerusalém, e consagrarem uma ordem sacerdotal, aí sim, será legitimo pagar o dizimo como manda a lei de Moisés. O que acontece com a carta aos Hebreus é que o autor com o seu profundo conhecimento do judaísmo, está se esforçando ao máximo para tentar fazer os judeus entenderem que agora há um novo sacerdócio, não mais pela ordem de Arão, da tribo de Levi, mas pela ordem de Melquisedeque, “que se testifica que ainda vive”, e para isso, o autor da carta mostra que o próprio Abraão, reconheceu o sacerdócio de Melquisedeque, como sendo maior do que ele quando deu-lhe os dízimos dos despojos da guerra, agora Israel deve reconhecer que Deus levantou um sacerdote semelhante a Melquisedeque, e que os judeus a exemplo de Abraão devem reconhece-lo, a saber, Jesus o Messias, o autor também tenta mostrar, que não há mais necessidade de sacerdotes e de sumos sacerdotes que ofereçam sacrifícios todos os dias, pois Cristo, o novo sumo sacerdote, fez um sacrifício único e perfeito quando se ofereceu a si mesmo na cruz, ele fala também do pacto que foi mudado, e diz que o primeiro (A.T) foi imperfeito, mas o segundo N.T) é perfeito e eterno, e mostra também que mudando-se o sacerdócio, é necessário que também se faça mudança de lei. Tudo isso é referencia do que está registrado nos seguintes textos: (Hebreus 4:14-16), (Hebreus 5:1-14), (Hebreus 7:1-28; Hebreus 8:1-13; Hebreus 9:1-28; Hebreus 10:1-23). Enfim, não há cobrança de dízimos para a igreja na carta aos Hebreus, ela é totalmente voltada os judeus, para que reconheçam que estamos debaixo de uma Nova Aliança, de um novo pacto, e de um novo sumo sacerdócio. 

3. O DÍZIMO ANTES DA LEI... O DÍZIMO DE ABRAÃO

O DÍZIMO ANTES  DA LEI... 
   
O DÍZIMO  DE  ABRAÃO 

(Gênesis  14:18-20)  "E  Melquisedeque,  rei  de  Salém,  trouxe  pão  e vinho;  e  era  este  sacerdote  do  Deus  Altíssimo.  E  abençoou-o,  e  disse: Bendito  seja  Abrão  pelo  Deus  Altíssimo,  o  Possuidor  dos  céus  e  da terra;  E  bendito  seja  o  Deus  Altíssimo,  que  entregou  os  teus  inimigos nas  tuas  mãos.  E  Abrão  deu-lhe  o dízimo  de  tudo."   Muitos ministros  usam  esta  passagem  para  dizer que  temos  que  dar  os  dízimos  porque  Abraão  deu,  os dízimos  antes  da  lei,  mas  ao  analisar  na  própria  Escritura Sagrada,  o  dízimo  de  Abraão  não  tem  nada  a  ver  com mandamentos.   Não  existe  uma  única  referência  Bíblicas  que  prove que  Abraão  deu  este  dízimo  por  mandamento  de  Deus,  se lermos  cuidadosamente  o  relato  de  Gênesis  14:8-24,  onde registra que  Abrão  da  o  dízimo  ao  sacerdote Melquisedeque,  vamos  aprender  o  seguinte:  houve  uma guerra  que  envolveu  os  reis  das  cidades  de  Sodoma,  e  de Gomorra,  onde  Ló  sobrinho  de  Abraão  morava,  e  o  rei  de Sodoma perdeu  a  guerra,  e  muitas  das  suas  riquezas,  seu povo  foi  levado  cativo,  inclusive  Ló  o  sobrinho  de  Abraão com  sua  família  e  seus  bens,  Abraão  reúne  318  homens de confiança conforme o que está escrito em Gênesis 14:14, e vai à batalha para resgatar seu sobrinho Ló e sua família, Abraão derrota os inimigos e resgata Ló e sua família com todos os seus bens, e também resgata o povo de Sodoma como suas riquezas (Gênesis 14:16), quando Abraão está voltando da guerra, vem ao seu encontro o sacerdote Melquisedeque e o abençoa (Gênesis 14:1820), Abraão como reconhecimento da autoridade sacerdotal de Melquisedeque, e como um ato de gratidão a Deus pela vitória contra seus inimigos, por ter resgatado todas as pessoas cativas e suas riquezas, dá-lhe os dízimos dos despojos da guerra, que eles vinham trazendo de volta para Sodoma (Gênesis 14:20), mas observe, que ele dá os dízimos apenas dos despojos da guerra, não de suas riquezas pessoais, que inclusive haviam ficado em sua casa, isto é explicado claramente em Hebreus 7:4. O rei de Sodoma viu tudo o que Abraão havia feito, e como ele havia dado os dízimos dos despojos da guerra a Melquisedeque, pois ele também havia saído ao encontro de Abraão para saudá-lo (Gênesis 14:17), e lhe ofereceu o restante das riquezas que Abraão havia conquistado na batalha, requerendo apenas as pessoas de volta (Gênesis 14:21), mas Abraão se recusa a receber o “premio”, não aceita nenhum centavo, e volta para sua casa em paz. O que aprendemos com isso? O dízimo de Abraão foi totalmente voluntário e espontâneo, não havia nenhuma ordenança de Deus quanto aos dízimos. Mas o que fez Abraão dar os dízimos dos despojos da guerra sem que fosse obrigatório? De acordo com alguns historiadores e estudiosos, naquela época a prática de dízimos eram apenas costumes das nações pagãs para exaltar os seus deuses, quando os pagãos davam os dízimos aos seus deuses, eles estavam reconhecendo a grandeza daquele deus, e agradecendo-o por algo que eles acreditavam que era o seu deus quem lhes havia dado, e como Abraão morava entre os pagãos, quis exaltar o seu Deus, que diga-se de passagem, é o único Deus verdadeiro que da vitória a qual nenhum outro deus pode dar, e para isso ele deu os dízimos ao sacerdote Melquisedeque diante de todos, para que todos vissem que o Deus de Abraão era o maior do que todos os seus deuses juntos, e de acordo com as Escrituras Sagradas, isso foi um ato que Abraão fez uma única vez, para glorificar o seu Deus acima de todos os deuses, pois lhe havia dado vitória na batalha, e Abraão queria deixar claro que havia sido o seu Deus e não o seu braço quem venceu a guerra, e assim honrar ao Senhor, e quem sabe, até levar algumas daquelas pessoas a adorarem e servirem ao Deus dos céus. Hoje muitos querem impor o dízimo voluntário de Abraão como uma lei universal, mas isto é um grande equívoco teológico, pois não podemos fazer das ações dos patriarcas, uma lei a ser cumprida em todas as épocas, simplesmente pela influência e importância que eles tiveram na história, respeitamos todos os patriarcas, mas a única lei que temos que cumprir hoje, é a neotestamentária, e nela não há obrigações sobre dízimos. 

2. UM BREVE RESUMO DA HISTÓRIA DA LEI JUDAICA E SUA APLICAÇÃO

UM  BREVE RESUMO  DA HISTÓRIA DA  LEI JUDAICA E  SUA APLICAÇÃO: Para  que  você  possa  compreender  melhor,  o  que está  acontecendo  no  contexto  do  livro  do  profeta Malaquias,  o  porque  da  sua  cobrança  da  prática  do  dizimo apenas  para  a  nação  de  Israel  e  não  para  as  outras nações,  preste  bem  atenção  no  que  explico  a  baixo: Quando  Deus  resgatou  do  Egito os hebreus, eram  aproximadamente uns  seiscentos  mil  homens  (Êxodo  12:37,38),  sem  contar:   mulheres,  crianças,  jovens  menores  de  20  anos de  idade, e  gente  de  outras  nacionalidades  que  os  acompanhavam, os  melhores  historiadores  estimam  que  a  multidão,  que saiu  do  Egito  com  Moisés,  somavam  quase  três  milhões de  pessoas;  eles  caminharam  durante  3  meses  até chegarem  ao  monte  Sinai  (Êxodo  19:1),  chegando  ao monte  Sinai  passaram  dois  anos,  dois  meses  e  vinte  dias acampados  (Números  10:11),  neste  período,  Deus  lhes deu  suas  leis,  para  que  temessem  e  servissem  ao  Senhor e  se  estabelecessem  como  nação  na  terra  a  qual  iriam habitar  (Levíticos  27:34).  Precisavam  de  regras  e  leis  para executarem  a  justiça,  tanto  na  caminhada  que  durou  40 anos no deserto, quanto para entrarem na terra que Deus lhes havia de dar, afinal, agora Israel era uma nação, e toda nação precisa de leis, por isso Deus lhes deu as leis por intermédio de Moisés, e assim como os Brasileiros são obrigados a cumprirem as leis da nação, assim também Israel era obrigado a cumprir as leis que Deus lhes havia dado (Deuteronômio 31:10-13). Os judeus não são obrigados a cumprirem as leis do Brasil ou de qualquer outra nação, e nem os brasileiros são obrigados a cumprirem as leis de Israel, cada nação tem suas leis, e cada cidadão de cada país deve obediência às leis de seus países, a não ser que ele esteja morando em outro país, aí sim, ele tem que obrigatoriamente cumprir a lei do país onde está morando, mesmo sendo de outra nacionalidade. No Brasil existe um sistema de governo chamado democrático, onde o povo escolhe seus representantes através de eleições diretas, e seus representantes criam as leis que regem a nação, tendo essas, a aprovação do povo, já que são eles quem elegem os políticos que criam as leis, já no caso de Israel, o seu sistema de governo era Teocrático, onde as leis vem de Deus, e não dos homens, embora haviam reis e líderes que regiam a nação, eles não podiam criar leis, nem acrescentar, nem subtrair, as leis que Deus já havia ordenado (Deuteronômio 4:1,2), eles tinham apenas que cumprirem as leis estabelecidas por Deus, e ordenar a nação, a guardarem todas essas leis e praticá-las. O povo de Israel, era obrigado a guardar toda a lei de Deus, que regia sua nação (Deuteronômio 4:1-49). É um absurdo querer que uma nação estrangeira guarde as leis de outro país, mesmo que seja do país de Israel, e é mais absurdo ainda, querer impor essas leis à religião, mesmo que seja ao cristianismo. “Como podemos ver, é tudo muito claro, muito simples de entender quando queremos, mas se fecharmos o coração nunca compreenderemos esta verdade, mas Deus quer que você a conheça.” Os ministros atuais, nunca mostram quando o dízimo foi instituído, nem onde está registrado esta doutrina, eles só mostram Malaquias 3:8-11, mas Malaquias está apenas chamando a nação de Israel à voltarem a cumprir a doutrina da prática do dízimo, que fazia  parte  da  lei  de  Deus para eles,  na  verdade,  a  lei que fala  do  dízimo  se  encontra  em  Deuteronômio  14:22-29, que  inclusive,  tem  sido  escondido  de  vocês,  mas  chegou a  hora  de  conhecer,  todavia  precisamos  ir  por  partes,  para que  fique  tuto  claro  e  não  restem  dúvidas. Agora  vamos  ver,  o  que  dizem  os  ministros atuais,  em comparação  com  a  verdadeira  doutrina  do  dízimo estabelecida  por  Deus  em  Deuteronômio  14:22-29,  já ficou  claro  para  nós,  que  o  dízimo  é  uma  obrigação  para os  judeus  e  não  para  nós,  não  temos  nada  a  ver  com  a doutrina  do  dízimo,  contudo,  muitos  ministros  insistem  em cobrar  os  dízimos  dos  fieis,  mas  mesmo  sendo  errado cobrar  o  dízimo  da  igreja,  será  que  pelo  menos,  eles  estão pedindo  o  dízimo  realmente  do  jeito  que  está  escrito? 

 vejamos: 1º  Ministros  atuais,  dizem  que  tem  que  dar  o  dízimo  de tudo  o  que  ganha,  e  que  além  disso  eles  dizem  que  o dízimo  é  dinheiro,  mas  mesmo  que  na  época  já  existisse dinheiro  como  mostra  em  Deuteronômio  14:24,25,  a  bíblia diz de  forma  clara,  que  o  dízimo  era  apenas  a décima  parte  do  que  se  colhia  do  grão  plantado  na  terra,  e do que os animais reproduziam a cada ano, não dinheiro. Outra coisa interessante é que o dízimo não era de tudo o que se ganhava, mas apenas da lavoura, e da reprodução dos animais, ninguém dava o dízimo de empreendimentos, ou de lucros que tivesse com alguma coisa, ou do salário que recebia, mas apenas do grão da terra, e das crias dos animais que criavam, veja o que a bíblia diz: "Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo." (Deuteronômio 14: 22). "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor." (Levíticos 27:30). “E que as primícias da nossa massa, as nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite, traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas as cidades, da nossa lavoura. “(Neemias 10:37)

2º Ministros atuais, dizem que tem que dar o dízimo todos os meses, mas a bíblia diz que o dízimo era dado apenas uma vez por ano, no período da colheita, já que dízimo era apenas do que se plantava, e das crias dos animais que criavam, como mostra o texto a seguir: "Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo." (Deuteronômio 14: 22). 

3º Ministros atuais dizem que tem que dar o dízimo para a igreja, mas a bíblia diz que durante dois anos, uma vez por ano o judeu dizimista viajava com o seu dízimo para a cidade de Jerusalém, onde estava o templo, e era o próprio judeu, e sua casa, quem comiam o dízimo na presença de Deus, para se alegrarem com suas famílias e aprenderem a temer ao Senhor, como mostra o texto a seguir: "23 E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias.” “26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;" (Deuteronômio 14:23,26). Leia também (Deuteronômio 12:5-19). 

4º Quando não dava para levar o dízimo (que era o grão da terra, e as crias dos animais que haviam gerado na quele ano) para o lugar ordenado por Deus, ou seja, Jerusalém, então o judeu tinha que vender o produto do dízimo e levar o dinheiro, mas ao chegar em Jerusalém deveria comprar o que ele e sua família quisessem, e deveriam comer na presença de Deus, ele não podia voltar com aquele dinheiro, e nem depositar de oferta, era uma ordenança da lei, tinha que ser assim, como nos mostra o texto a seguir: 24 E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; 25 Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus; 26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;" (Deuteronômio 14:24-26). 

5º A cada três anos, era separado o dízimo do ano terceiro, que era chamado de o ano do dízimo, onde toda a nação colocava todos os seus dízimos do que haviam colhido à porta da cidade em que moravam, então, eram dados aos órfãos, às viúvas, aos estrangeiros e aos levitas, para seu sustento, e não à igreja como alguns insistem em dizer, era um plano de governo de Deus (Teocracia), para ajudar as pessoas menos favorecidas pela sociedade, e aos levitas que não tinham herança na terra de Israel, assim eles teriam sustento suficiente para os próximos dois anos, como podemos ver no texto que se segue: “Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte, nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem." (Deuteronômio 14:27,28,29). “Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem. “(Deuteronômio 16:12). Esta era a lei dos dízimos, era desta forma que os judeus davam o seu dízimo, era obrigatório, tinha que ser desta maneira. Mas como nós sabemos, não é assim que os líderes da atualidade estão ensinando o povo, eles mudaram tudo, e ainda dizem que o dízimo que eles pedem está na bíblia, mas como vimos, eles distorcem tudo, e o povo aceita porque não conhecem a verdade. Vamos continuar lendo sobre o assunto, pois estamos apenas começando. 

1. O QUE TEM SIDO ENSINADO SOBRE DÍZIMOS NAS IGREJAS HOJE?

O QUE TEM SIDO ENSINADO SOBRE DÍZIMOS NAS IGREJAS HOJE? 

1. Se não der o dizimo está roubando a Deus.
 2. Se não der o dízimo vai para o inferno. 
 3. Se não der o dízimo o devorador vai destruir sua vida e família. 
4. Se não der o dízimo está debaixo de maldição e etc... Mas, será que tudo isso é verdade? Claro que não, e a Bíblia prova isso! A partir de agora, vamos analisar nas Escrituras Sagradas toda a verdade sobre dízimos e devoradores: De fato, em Malaquias 3:8-10 o senhor está cobrando o dízimo, mas de quem o senhor está cobrando o dízimo? Para sabermos, precisamos compreender o contexto, e para isso vamos ler o versículo 9 do capitulo 3 onde diz: "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." (Malaquias 3:9) Como podemos ler, o texto diz que Deus está cobrando o dízimo especificamente de uma nação, mas que nação é esta de quem o Senhor está cobrando o dízimo? Para que possamos ter uma resposta clara, precisamos ver para quem Malaquias está escrevendo esta profecia, vamos ler o que está nas primeiras linhas do livro da profecia de Malaquias, isso vai revelar de qual nação Deus está cobrando o dízimo. "Peso da palavra do SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias." (Malaquias 1:1) Como a passagem acima mostra claramente, Malaquias está escrevendo sua profecia endereçada à nação de Israel, portanto é da nação de Israel que Deus está cobrando o dízimo. Vale ressaltar, que o livro do profeta Malaquias, é uma exortação contra a nação de Israel, por conta da sua desobediência, portanto, o dízimo está sendo cobrado apenas do povo de Israel; e porquê? Porque o dízimo, bem como toda a lei de Moisés, são ordenanças de Deus para os judeus, e não para as outras nações, como nos mostra o texto a seguir:   Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor. Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai." (Levítico 27:30,34). O texto a cima, é claro e objetivo em dizer que, o mandamento dos dízimos, e os outros mandamentos contidos no livro de levíticos, números e Deuteronômio, são ordenanças que o Senhor deu à nação de Israel e não a nós, pois não somos judeus, somos gentios da nação chamada Brasil. Como podemos perceber, a cobrança do dízimo descrito em Malaquias, não é para a igreja, e nem para pessoas de outra nacionalidade, mas apenas para a nação de Israel, que são o povo a quem Deus deu a lei quando os tirou da escravidão do Egito, o povo da Antiga Aliança, da religião chamada de judaísmo, que era obrigada a guardar toda a lei que Deus deu a Moisés.